Sair do casulo

Uma lagarta muitas das vezes nos causa nojo, pavor, por seus movimentos, por sua aparência. Não é um animal que nos cause admiração (pelo menos na grande maioria). Mas, e quando ela se envolve em seu casulo, perde suas formas, vai se transformando num novo ser? Nesse momento ela começa a despertar curiosidade, vem a vontade de saber como ela será, que cores irá possuir, se será grande, pequena, enfim, como será...
Somos assim também diante da vida. Em alguns momentos nossas vidas, nossos sonhos são como uma lagarta, nos metem medo, nos angustiam, nos oprimem. A grande diferença entre nós e a lagarta é que ela sempre entrará no casulo, sempre enfrentará o desconhecido, mesmo não sabendo qual a sua nova forma, a sua nova aparência. Nós já temos medo do casulo, da metamorfose, da nova condição que teremos que assumir diante da vida.
Mas o mudar, o transformar, o assumir, o ser diferente é inevitável, é necessário. Sem a transformação, sem a dor da nova fase, não amadurecemos, não nos fortalecemos, não abrimos os olhos para a vida.
Sair do casulo é ganhar asas, é voar mais alto, é perder o medo, é enxergar os horizontes que existem muito além...
O desconhecido? Ah, esse deixa de ser importante quando você abre as asas, quando sente o vento tocar em sua face, quando percebe o sabor da liberdade, do ser você.
Saia do seu casulo, transforme-se, ganhe asas, assuma novas cores, voe, voe, voe...
Bernardete Maciel
Enviado por Bernardete Maciel em 05/04/2009
Reeditado em 09/04/2009
Código do texto: T1523744
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