Vale a pena mudar?

Dentre tantas aulas que tive em minha graduação, a de ontem fez com que eu pensasse um pouco mais. Falava sobre a fábula do sapo e do escorpião, ou seja, tratava da essência que possuímos, daquilo que somos, da nossa imutabilidade.
Parei para analisar o quanto somos mutáveis ou não.
Em tantas e tantas situações de nossas vidas, nos vemos "obrigados" a ser o que não somos, a fazer o que não queremos, a crer no que não cremos, enfim, ser aquilo que os outros querem de nós, desejam para nós.
Mas ao "mutarmos", deixamos de lado nossa essência, perdemos o nosso eu que nos faz tão diferentes dos outros, que nos caracteriza como seres únicos.
Acabamos por nos robotizar, viramos produção em série.
Vestimos o que a moda dita, enfiamos goela a baixo os Mac's da vida, bebemos o refrigerante da moda, falamos e nos comportamos de acordo com a tendência do momento.
É preciso ser igual, ter as mesmas coisas, frequentar os mesmos lugares, ler os mesmos livros (mesmo que não sirvam para nada), ver os mesmos filmes, gostar das mesmas coisas, senão... você é um excluído, está à margem da sociedade consumista, que apregoa o ter e desmerece o ser.
Mas... até onde realmente "mutamos" a nossa essência, até onde nos robotizamos, ou melhor, até quando manteremos a "máscara"?
Vai chegar o momento em que a nossa essência falará mais alto, tomará conta do ser, gritará, se fará presente, aí mostraremos realmente o que somos, quem somos...Então, "picaremos" o sapo, pois por mais que tentemos, a voz que falará mais alto sempre será a da nossa essência.
Bernardete Maciel
Enviado por Bernardete Maciel em 03/04/2009
Reeditado em 09/04/2009
Código do texto: T1521631
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.