Divagações

Pensei, o por que nem sei, em ser diferente

Não melhor, nem pior, nem nenhum outro nome qualquer

Ser diferente! É isso o que pensei em fazer

Ser algo distinto do que hoje, isso que sou, é.

Quem sabe, ponderei, poderia ser mais romântico?

Por que não deixar o amor, sem limites, minha vida guiar?

Ser mais impulsivo, menos racional, menos reservado

Viver só por ele, viver dele, morrer ou matar

Então piscou na minha frente a certeza... troço perigoso.

Não... não iria funcionar!

Na outra ponta da corda, poderia eu ser mais sério

Vestir um terno na alma, apressar minha calma e dar voz à razão

Falaria pouco, sorriria menos, ganharia mais dinheiro

Seria sólido, louvável, eficiente impecável... Inteiro.

Dar um nó de gravata, justo e bem feito, no meu coração

Então, a mesma certeza me diz... troço chato.

Não... acho que não!

Então percebi que nessa divagação matei um tempo

Principal coisa que nos muda, o tempo que passa (impiedoso), a esmo

E que só nos resta viver, senti-lo passar, passando por ele...

E que já não é nada fácil ser o que hoje sou... eu mesmo!

L>K