Refletindo...pensando...

Será que alguém nessa vida pertence a alguém, que somos donos da vida, dos sentimentos, dos sonhos do outro?
Tem momentos em que pensamos que sim, que podemos dizer ao outro o que fazer, o que sentir, como viver.
Como nos enganamos...nem de nossas vidas somos donos. Planejamos fazer, dizer, sentir, viver algo ou alguma coisa e de repente...nada acontece como desejamos, como sonhamos...
Vã ilusão.
Temos o livre arbítrio para escolhermos onde trabalhar, o que estudar, com quem se relacionar, mas isso não implica em acertarmos nas escolhas.
Quantas vezes escolhemos esse ou aquele emprego, essa ou aquela amizade, esse ou aquele companheiro, acreditando que é o certo, o ideal, mas...lá vem decepção. O emprego não nos satisfaz, o amigo não é tão amigo assim, o companheiro, nossa, muitas das vezes de príncipe se transforma em sapo...
Aí vem a certeza de que não somos donos de nada, apenas escolhemos de acordo com o momento aquilo que nos convém, escolha essa que não significa acerto, satisfação.
Lógico que algumas escolhas acarretam carregá-las para o resto da vida, como um casamento que gerou filhos. O casamento pode acabar, mas os filhos serão a eterna lembrança daquela escolha. Um amor que você escolheu erroneamente acaba, mas deixa cicatrizes que se bem cuidadas deixarão pequenas marcas, e também pode acontecer de você escoher um amor que não deixará marcas, mas que deixará ao terminar, aquela sensação de vazio, de faltar um pedaço.
Felizes somos nós que temos a possibilidade, a chance continua de tentar, tentar, tentar até que ao término da vida, levemos conosco a certeza de que não fomos covardes, enfrentamos nossos medos, nossas frustrações, erramos, acertamos, choramos, sorrimos, fomos gente...
Bernardete Maciel
Enviado por Bernardete Maciel em 02/04/2009
Reeditado em 09/04/2009
Código do texto: T1519452
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