Tornei ao pó...

Bendito ventre que me acolheu...
Cálida caverna, doce refúgio, primeiro berço meu.
Benditos gemidos, gritos, que me trouxe a vida...
Benditos seios que suguei me saciando a fome;
Benditos os olhos vigilantes ao meu sono tranqüilo,
as mãos que o meu corpo banhou...
As lágrimas que banharam a face... de quem chorou o meu chorar...
Benditos os conselhos, o amor por trás do severo olhar,
Toda a doçura imbuída no semblante austero...
Bendito e sigelo olhar...
... amargo sofrer ao entregar-me às mãos de outra...
Sabendo para sempre me perder...
Ó mãe!... Bendito amor, maldita dor!...
Que me arrancou o teu amor!
E assim, quis Deus, em outro ventre me acolher...
EstherRogessi
Enviado por EstherRogessi em 31/03/2009
Reeditado em 01/04/2009
Código do texto: T1515518
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