Displiscência D'Alma Nossa
Tá certo que não deu mais
Mas do que ficou pra trás
Pedaço da gente que faz,
Solidão em nós
Todos os meus dedos a sós
A carícia do que é que se faz?
Não sabe do que é capaz,
Deixa que eu implante minhas asas
Deixa que eu alegro minha casa
Deixa eu ser o que sou, pra onde vou
Já não me preocupo mais...
Acabou o verão, e agora, coração
É saber que brigamos por nada
É o peito, a alma, calada
Descansando da dor que passou
Acabou o verão, e agora não
Sou mais calor intenso
Sou denso, propenso,
estendo a você minha mão,
Deixa que eu pago a conta
Já que me dei conta, ponta-a-ponta
Da presença, do peso, atrevimento
De quem ama do fogo ao vento.
Tá certo que não dá mais
Um surto que passou, que me veio
E me acertou – de costume- em cheio
Mas rio ainda ao olhar pra trás
O certo é sempre o que o coração faz!