Libertar-se

Saber que somos prisioneiros é algo angustiante. Somos prisioneiros das circunstâncias, de nossa família, da sociedade que nos cobra posturas, andares, falares... somos prisioneiros de nós mesmos. De nossos sonhos, nossos medos, nossas frustrações, de nossas ambições, de nossa falta de coragem.
Coragem para gritar. Mas como ela falta, nos calamos, aceitamos, vamos vivendo, fingindo que somos felizes, que não nos incomodamos...incômodo pelas vontades alheias que nos "obrigam" a fazer o que não queremos, escolhermos o que não nos faz feliz, calarmos quando a vontade é gritar o nosso maior grito, mais profundo, mais intenso.
Aí, quando resolvemos gritar, quebrar as algemas, nos libertar dessa teia que nos prende ao não fazer, não falar, não mudar, não decidir, parece que a aranha chamada vida resolve tecer uma nova teia que tenta nos envolver de outras maneiras, com outras situações tão "fascinantes", que se não abrirmos os olhos, nos veremos como um pequeno inseto que voando distraidamente, se deixou "pegar" pela grande aranha em sua imensa teia.
Os olhos precisam estar abertos, o coração atento, para não deixar que as oportunidades passem diante de nossas vidas e só reste em nós a vontade de libertar-se e nada mais...
Bernardete Maciel
Enviado por Bernardete Maciel em 30/03/2009
Reeditado em 30/10/2009
Código do texto: T1514266
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