NOS DIAS DE CHUVA
Nos dias de chuva no céu se apagam, as estrelas todas, para quem às vê abaixo delas, porém, continuam acêsas acima das nuvens a quem
alto vôa com as asas fortes de seu pensamento.
O sol não brilha nem aquece a terra abaixo das nuvens nos dias de
chuva, mas continua acêso e claro acima delas, aos olhos que vêem
o eternal da vida de cima para baixo e debaixo para cima, no vai-e-vém de idas e voltas dos seus caminhos dimensionais.
Nos dias de chuva céu e terra divididos são, ao meio, em extremo,
por nuvens densas de côr cinza e negro, escurece-se os labirintos
das cidades e a chuva pega desprevenido alguns, enquanto que, outros, conseguem abrigar-se, para, molhados não ficarem, até que
a chuva opte por ir embora, deixando o sol livre para brilhar novamente, tendo que se obedecer o ciclo de rota a ser seguido,
e as estrelas acordam aos olhos de quem às vê abaixo delas, somente,
porque, de voar se tem medo e embarcar não se arriscam na nave
do pensamento, pois quem viaja a pensar pode sofrer uma pane e ter
que aterrissar bruscamente no aeroporto memorial do sentido atual
da realidade das coisas, se houver tempo hábil para tal feito.