NOS DIAS DE CHUVA

Nos dias de chuva no céu se apagam, as estrelas todas, para quem às vê abaixo delas, porém, continuam acêsas acima das nuvens a quem

alto vôa com as asas fortes de seu pensamento.

O sol não brilha nem aquece a terra abaixo das nuvens nos dias de

chuva, mas continua acêso e claro acima delas, aos olhos que vêem

o eternal da vida de cima para baixo e debaixo para cima, no vai-e-vém de idas e voltas dos seus caminhos dimensionais.

Nos dias de chuva céu e terra divididos são, ao meio, em extremo,

por nuvens densas de côr cinza e negro, escurece-se os labirintos

das cidades e a chuva pega desprevenido alguns, enquanto que, outros, conseguem abrigar-se, para, molhados não ficarem, até que

a chuva opte por ir embora, deixando o sol livre para brilhar novamente, tendo que se obedecer o ciclo de rota a ser seguido,

e as estrelas acordam aos olhos de quem às vê abaixo delas, somente,

porque, de voar se tem medo e embarcar não se arriscam na nave

do pensamento, pois quem viaja a pensar pode sofrer uma pane e ter

que aterrissar bruscamente no aeroporto memorial do sentido atual

da realidade das coisas, se houver tempo hábil para tal feito.

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 30/03/2009
Código do texto: T1513964
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