De volta!
As coisas que eu escrevo são só as coisas que eu escrevo.
Nem um ponto final a mais.
As coisas que você pensa a respeito, mesmo quando não lhe dou o direito,
Confesso, não são deixadas pra trás.
A agonia dos que sabem muito é uma lacuna no mundo real.
A bobeira admirável dos que fingem que nada sabem é agonia igual.
Nas entrelinhas desse meu caderno imaginário, preguiçoso demais pra existir,
Eu ensaio a brincadeira ingênua de quem não sabe mentir.
A pretensão de possuir seus olhos e atenção,
Permite que me demore mais que um bocado postergando a intenção,
Que se ainda fosse possível, seria demasiado incrível
Pra um só coração.
Despeço-me então, alegremente, por ter feito toda gente
Imaginar-se dona dessa canção;
E mais que sinceramente, diria cuidadosamente,
De bem, de corpo, de alma e de mente: aceita minha doação.