De volta!

As coisas que eu escrevo são só as coisas que eu escrevo.

Nem um ponto final a mais.

As coisas que você pensa a respeito, mesmo quando não lhe dou o direito,

Confesso, não são deixadas pra trás.

A agonia dos que sabem muito é uma lacuna no mundo real.

A bobeira admirável dos que fingem que nada sabem é agonia igual.

Nas entrelinhas desse meu caderno imaginário, preguiçoso demais pra existir,

Eu ensaio a brincadeira ingênua de quem não sabe mentir.

A pretensão de possuir seus olhos e atenção,

Permite que me demore mais que um bocado postergando a intenção,

Que se ainda fosse possível, seria demasiado incrível

Pra um só coração.

Despeço-me então, alegremente, por ter feito toda gente

Imaginar-se dona dessa canção;

E mais que sinceramente, diria cuidadosamente,

De bem, de corpo, de alma e de mente: aceita minha doação.

Gal Paschoall
Enviado por Gal Paschoall em 29/03/2009
Código do texto: T1512067
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