VIDA MINHA...

AHH, vida minha, ínfima e arredia que de presente deram-me

No meu nascer neste mundo, se eu soubesse que me serias

Assumida em dias pré-estabelecidos, talvêz não quizesse

Ter visto a luz que, no meu parto, minha mãe deu-me sem

Lhes pedir.

AHH, vida minha, que, vivê-la tenho, sem querer e querendo,

Sem nada a saber do que me irá acontecer de bom ou de ruim

De certo concreto ou de errado incerto, no claro ou negro

Futuro áspero ou ameno, me servido com dose mínima ou

Máxima.

AHH, vida minha, sempre vou estar à mercê de alguém para

me orientar, pois, aqui neste mundo não estou sòzinho, uma

Pessoa do sexo opôsto ao meu perambula por aí, e lhes dizem

que a sua alma gêmea anda por aí, e que, breve, bém breve,

Se encontrarão, se tocarão e se apaixonarão, isso pôsto, nada

Mais é que, obviedade de destinos.

AHH, vida minha, saibas, a qualquer instante de barulho ou de

Silêncio, se deve estar atento, de antenas ligadas via satélite

Da expectativa, porque, de repente, pode surgir, entrementes,

Do nada, o amor que se aguarda, a alma gêmea que por aí anda.

AHH, vida minha, enquanto que, nada de excepcional me acontece,

Vou lhe vivendo e lhe levando, como meus pais me disseram,

Você, vida, que meu destino tece com o fio da permanência

De minha breve ou longa existência.

Portanto, permaneço em meu canto, no aguardo, calado, pelo

alguém que se destina ser meu por amá-lo.

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 28/03/2009
Código do texto: T1511112
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