Anita
E eu disse que o amor passaria
como névoa branca e fina por entre os corpos
ele riu de mim...
disse pra repousar minha cabeça e dormir.
Da loucura, ser Anita, pra tirar-nos a vida e libertar para a morte...
Da altivez, ser Lúcia, pra esnobar-te o falso sofrimento,
De quem não compreende por que se morre,
por que ser livre...
Da Utopia, ser tua eterna Cíntia,
sempre procurada
nunca enternecida,
se escondendo aos vãos escuros da ilusão
o desejo platônico que não realmente te aplaca...
Caças meus joelhos como quem precisasse
mordê-los pra sobreviver,
Caças, sob a maciez da seda das roupas de baixo
o suave travesseiro a ocultar seus erros...
Será que não vês????
Não percebe que é no calor rubro do meu sangue
que se guarda teu perdão
tua liberdade
tua alucinação????
Só se morre uma vez para viver pra sempre
e mais!!!
vou viver na eternidade da minha vastidão...