NA DISTÂNCIA
Ah! Como seria fácil dizer-te que sou eu.
Eu quem reclama tua ausência.
Ausência sofrida, sentida e chorada.
Chorada pelas tolices cometidas.
Tolices de quem nem mesmo sabia.
Sabia que tinha tudo do outro.
Do outro que agora está tão longe.
Longe por necessidades.
Necessidades que a vida impõe.
Impõe e me deixa longe agora de ti.
De ti que é meu bem querer.
Bem querer que é como jóia rara.
Jóia rara como a vida, o espírito.
O espírito livre, de liberdade.
Liberdade como eu pra ti.
Sensual.
Sensual como sempre.
Sou e serei sempre.
Porque amo a ti.
Amo a ti bem mais hoje
do que há anos atrás.
Por Graça Costa.
Campinas, 09 / 1984.