Outono, uma simpática estação

Quisera poder tocar o solo para sentir sua emoção!
De seus poros vem um olor de terra molhada.
A lua no céu, sorri encantada, grande e prateada,
Anunciando a época de uma colheita farta.

Os Flamboyants e os Ipês estão desnudos;
Suas folhas estão espalhadas pelo caminho,
onde as pessoas andam mais leves
e menos ofegantes.

O vento sopra, em direção às casas do bairro,
enchendo-as de folhas vermelhas e amareladas.

Não há flores! Existem apenas os regatos e as fontes,
em que o verão repousa cedendo lugar à nova estação.

Muitas folhas cobrem os jardins, assim como meu cobertor me cobre nas noites do inverno frio e sem cor, cujos matizes arrematam os corações quentes de amor.

A brisa sorri alegre na copa das árvores, e o vento assobiando entoa uma canção para que as folhas dancem a esmo.

É um balé de encantamento, meio cinzento, púrpura, alaranjado e avermelhado a cortar o tempo.

No céu, avistamos a viagem, em bando, dos pássaros que voam para onde há calor.Os ventos do Outono não lhes são oportunos.

Enquanto isso, meus pés tocam o chão para sentir as folhas ouro e marrom.

É o outono que enche o ar com seu semblante amistoso, permitindo que o vento sopre o pólen e as sementes que aguardarão contentes, formando raízes para esperar a primavera e, ao mesmo tempo, abrigarem-se do frio que enfraquece seus destinos.

Quisera poder tocar o solo para sentir sua emoção e, além do meu próprio sentido, voar bem alto para olhar lá de cima o belo espetáculo da natureza...




MEG KLOPPER
Enviado por MEG KLOPPER em 25/03/2009
Reeditado em 25/03/2009
Código do texto: T1506075
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