"OUTRO DIA"
- PNS -
(23/03/2009)
Outro dia,
Mais outro dia...
Que faço aqui nesta agonia?
As noites vêem os dias vão e nada de aliviar meu coração.
Dias de sol sem brilhos, noites de estrelas opacas
E minha vida?... Minha vida não vale nada
Não sei mais chorar, não sei mais sorrir
E no meu peito a ferida tende-se a abrir
Rasga a tristeza, dilacera a solidão, viver morrendo todo dia, e sina da minha redenção.
Não culpo "DEUS", nem mesmo o diabo, pois dos meus anseios só eu posso dar cabo.
Mas onde começar, me perdi no caminho.
Olho a minha volta me sinto sozinho,
Olha a frente não vejo gente,
Olho de lado estou isolado,
Olho para trás, tanto faz,
E para cima, lá não ha nada, nem rima?
Cadê meu sorriso, onde foi minha felicidade
Não há nuvens de algodão no meu céu, nem rosas no meu jardim, só pedra de negrume desolação, só estrume de decrépito desespero.
Fecho os olhos, respiro o ar que agride minhas vias aérias como ácido, mas apesar da dor preciso repirar, pois ainda vivo e preciso vencer esse maldito desespero, preciso chegar...
Onde preciso chegar?...
Sei lá, mas sei que a laje aberta e a lápide ocupada, será o momento apoteótico de meu viver...
preciso chegar lá...
preciso chegar
preciso...