"DESTA VEZ, NA CAMA"
Do meu lado, um travesseiro frio,
dois criados mudos...que não me
contam nada; abro o guarda roupa,
com um lado vazio.
abro uma garrafa de vinho, quero
embriagar-me...mas a consciência
não deixa, pois só aumentaria a
saudade; eu quero gritar, no meio
daquela madrugada...mas penso.
Gritar por quem...gritar porque...
se ela não me escutaria; volto pro
meu quarto, e encontro a cama fria,
os lençois sedosos e macios, e uma
cama vazia; eu não tenho coragem
nem vontade de deitar.
E a madrugada vai acabando, e vai
amanhecendo o dia.
O dia passa, e só saudades dela, e
novamente a noite vem, e começa
outra vez a minha agonia; de repente
ouço a campainha tocar, olho pelo
olho mágico, e sou tomado por uma
imensa alegria, abro a porta e corro
para me abraçar com ela, e sou tomado
por um surto de choro; e nos seus
braços eu choro feito uma criança,
e ela me consola, e nos beijamos ali
mesmo na varanda; sem ao menos
lembrar, das suas malas, que estavam
ali no chão; tomo-a nos meus braços,
entro e com o pé fecho a porta, e sem
perguntas nos amamos, ali mesmo no
tapete da sala.
E só depois de nos amarmos, nos
lembramos das suas coisas lá fora, e
logo depois de recolhê-las, novamente
o nosso amor recomeçou, mas desta
vez, na cama.
Do meu lado, um travesseiro frio,
dois criados mudos...que não me
contam nada; abro o guarda roupa,
com um lado vazio.
abro uma garrafa de vinho, quero
embriagar-me...mas a consciência
não deixa, pois só aumentaria a
saudade; eu quero gritar, no meio
daquela madrugada...mas penso.
Gritar por quem...gritar porque...
se ela não me escutaria; volto pro
meu quarto, e encontro a cama fria,
os lençois sedosos e macios, e uma
cama vazia; eu não tenho coragem
nem vontade de deitar.
E a madrugada vai acabando, e vai
amanhecendo o dia.
O dia passa, e só saudades dela, e
novamente a noite vem, e começa
outra vez a minha agonia; de repente
ouço a campainha tocar, olho pelo
olho mágico, e sou tomado por uma
imensa alegria, abro a porta e corro
para me abraçar com ela, e sou tomado
por um surto de choro; e nos seus
braços eu choro feito uma criança,
e ela me consola, e nos beijamos ali
mesmo na varanda; sem ao menos
lembrar, das suas malas, que estavam
ali no chão; tomo-a nos meus braços,
entro e com o pé fecho a porta, e sem
perguntas nos amamos, ali mesmo no
tapete da sala.
E só depois de nos amarmos, nos
lembramos das suas coisas lá fora, e
logo depois de recolhê-las, novamente
o nosso amor recomeçou, mas desta
vez, na cama.