DOS GRILOS NOTURNOS
“Acordei agora com um grilo. Depois eu conto...”
João Justiniano da Fonseca.
E daí, qual é o resultado vocabular, poemia concreta do tal grilo noturno?
Não seria um pirilampo, humilde vaga-lume, a troçar pelos céus da Bahia do Salvador?
E, se engolido, nunca seria uma lamparina errante, e, sim uma lanterna andarilha, patinhas trôpegas, tudo de humano acompanhando as luzes furtivas.
Seria o tal grilo a saudade, aos copos, aos goles ou às lágrimas?
Diga, diga logo sobre o tal noturno bichinho, porque meus cães soturnos sempre uivam, mesmo que Papai Noel transite pelas estradinhas siderais, com suas renas, o seu trenó de sonhos, fantasias e lendas.
Estou por aqui, sentinela da Pátria ao Sul do Mundo, olhos úmidos, rezando pela Paz. Pela Fraternidade Universal, nestes tempos natalinos de luzes e sombras.
– Do livro EU MENINO GRANDE, 2006 / 2008.
http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/150140