De nada vai valer um copo de vinho, um tango portenho, emoções mil se, não agradecermos tambem às aflições, as agonias, às aleluias do nosso eu, lembrando sempre que poderiam ser piores, por piores que tenham sido.
Tudo faz parte de um contexto.
O bom mesmo é guardar no fundo da gaveta o amargo das
más lembranças e correr pela vida à fora sem tempo de sentir
saudades. Alcançar nuvens, atravessar abismos ao som da
música que o destino, construtor das nossas vidas, compõe.
E ao invés de ficar ouvindo o tic tac do relógio, ouvir sim, o
bater de asas do passarinho que bate tão rápido quanto o
irritante relógio que com sua pressa teima em retardar ou
impedir nossa tão esperada felicidade.
As cores vibrantes de uma borboleta. ou o azul intenso do
céu, renova-nos.
Só queria ter visto quando acordei meu amor ao lado, mas se
não for pedir muito, que ele esteja comigo à noite quando
eu for deitar.