Preciso sentir todo o amor que senti em versos.
Mas o tempo desfez os encantos.
A beleza que vi, só eu vi.
Foi tudo jogado, amassado...pisado.
O amor dilascerado de um coração vazio.
                          
Tentei resgatar a beleza nas palavras
Mas tudo foi perdido.
O nosso amor caiu no esquecimento.
De mãos atadas nada pude fazer.
Tentei construir o nosso amor dentro da minha dor.
O coração, as cartas, as fotos...tudo virou poeira.
Em pequenos pedaços de desencanto choro o teu enterro.
O pranto triste do martírio de um amor jogado fora.
Em cada verso que tento compor, sai apenas melancolia...
Mas meu amor, que nunca foi meu, foste meu melhor tormento.
                        
Silenciosa sigo caminhando pela estrada sozinha.
A cabeça baixa, o olhar vago e coração desocupado.
Trago a dor do desamor de uma paixão fracassada.
Não teve jeito, não teve amor que conseguisse viver.
Mas eu amei sem horizonte...
Foi então que da minha tristeza nasceu o medo.
De não sofrer mais...
Tu não soubestes amar meu amor.
Acabou, mas foi mehor assim...
Foi bom para mim e apenas...

Mas acabou...O nosso amor.
Tu me abadonastes...
Tu não merecestes perdão!
Vento leve de ilusão...
Eu quis amar assim sem medo de sofrer.
E a dor agora habita em meu ser.
Mas pouco a pouco a poeira abaixa.
Deixei de tormento e da minha tristeza não sei mais não.

Juntei meus pedaços, reformei a moldura.
Fiz diferente. Construir novos caminhos.
Bordei a estrada e um sorriso nasceu.
E no fim da nova estrada, não te vi mais não!
O que vejo é luz, caminho florido que mesma plantei.
A dor que carrego, esqueci de trazer.
Ficou no caminho e nem lembrei.
                      
Reformei minha história e voltei a sorrir.
Hoje carrego o coração liberto.
Experiênte e vivido. Orgulhoso de amar.
Feliz assim... Caminhando lentamente.
Parece até que tudo meu é teu...
Parece...