Redemoinho de emoções
Nosso amor era incomparável! Era fera incontida, indomável...
Era querência, era inocência, era abrigo, era paraíso. Era manifesto d’alma!
Era eminente no olhar, no falar... Era encanto na cama... Profano no chão, na sacada... Quando não havia luar.
No rol social, se afastados estávamos, nos brindávamos com um cumplice olhar que falava por nós.
Em banquete à mesa, o buquê daquele vinho suave era nosso afrodisíaco mais marcante. Em apenas um toque, um roçar de pernas por baixo da mesa, nos excitava...
Como diamante bruto você me lapidava...Era divinal! colossal!
E Como amantes, tal qual cristal, brilhava em nossos olhos manifestação de desejo instigante, total...
Mas, passou, passou ligeiro como um vendaval... Não era amor, afinal... Quiçá, alguns sentimentos avassaladores: Paixão... Tesão... Coisa de pele... Redemoinho de emoções... Porque o amor... O verdadeiro amor não é fugaz.