Cem anos na multidão

Eu não quero nem imaginar viver cem anos,

No meio dessa louca desvairada cidade,

Onde pessoas atropelam os própios passos,

E ignoram os semelhantes por maldade!

Parecem malucas formiguinhas nesse labutar,

Esquecendo até mesmo onde fica o formigueiro,

Todos loucos sempre com pressa de chegar,

Chegar onde? Pra onde vai o mensageiro?

E o engravatado parado no sinal vermelho?

Não deve conhecer as moças apressadas,

Que cruzam a rua ao lado do triste velho,

Mas por certo já foram crianças levadas!

Pra que viver assim rodeado pela multidão?

Multidão enloquecida que vive na solidão!!!