O joio do trigo!
Sentiu a estrela caindo em sua testa e um pingo gelado no meio dos olhos.
Sentiu o contato do Todo na gota que caia brilhante do céu anil.
Em alguns minutos o chão era todo esplendor, o céu era na terra e a terra fluorescente pulsava.
Esqueceu-se da mulher malvada que de língua ferina tentava a todo minuto infernar o dia.
Esqueceu-se do cinismo disfarçado em amizade, do egoísmo camuflado em dádivas. E do uso em vão do nome de Deus...
O Homem que indivualista se projeta no aqui e agora maquiando as más ações com aura fraterna.
Esqueceu-se da chata senhora que disfarçada de amiga, vampirisa e suga as energias puras.
Nas asas da borboleta colorida percorre o tempo de hoje, no minuto secreto onde as fadas falam com as estrelas, o sol invade o dia, a lua reina na noite encantada, enquanto que magia e realidade se mesclam.
Ele repousa no braço da nuvem, que molhada chora a emoção da liberdade:
- Como é bom separar o joio do trigo!