Deitada...

Quedo-me deitada

E ao som da música suave

Fecho os olhos

Descontraio os músculos

liberto-me de pensamentos

e parto.

É sempre a mesma praia, quieta e deserta.

É sempre o mesmo vestido, rodado e a roçar a areia.

São sempre os mesmos pés, descalços e ávidos do mar salgado.

Sou criança e sou livre…

Os meus olhos brilham como o sol reflectido no mar,

Os meus braços abrem-se como que para um abraço,

O meu corpo dança em movimentos leves, livres e descoordenados.

As ondas cantam sem cessar,

As rochas gritam sacudidas pelas ondas,

As gaivotas trinam entre o ar, a terra e o mar,

O vento assobia e acompanha.

É a sinfonia da orquestra da natureza.

É Tudo tão simples, tão belo e perfeito.

É como um ritual.

Recebo as energias do sol que aquece,

do mar que lava,

do ar que purifica,

da rocha que fortalece,

da areia que amortece.

Ao pôr do sol, sento-me sobre as rochas e regresso.

Lentamente, abro os olhos e levanto o corpo.

A música acabou mas ainda sinto o cheiro do mar.

SEMPRE QUE POSSÍVEL, VOLTO AO MESMO LUGAR!

A Gaivota
Enviado por A Gaivota em 10/03/2009
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