presente (de uma amiga portuguesa)

Não me resta nada

Sinto não ter forças para lutar

É como morrer de sede no meio do mar e afogar

Sinto-me isolado

Com tanta gente á minha volta

Vocês não ouvem o grito da minha revolta

Choro a rir

Isto é mais forte do que pensei

Por dentro sou um mendigo que aparenta ser um rei

Não sei do que fujo

A esperança pouco me resta

Triste ser tão novo e já achar que a vida não presta

Sorriso escasseia

Hoje a tristeza é rainha

Não sei se a alma existe

Mas sei que alguém feriu a minha

Às vezes penso se algum dia serei feliz

Enquanto oiço uma voz dentro de mim que me diz

Chorei

Mas não sei se alguém me ouviu

E não sei se quem me viu

Sabe a dor que em mim carrego

E a angústia que se esconde

Vou ser forte e vou-me erguer

Ter coragem de querer

Não ceder nem desistir

Eu prometo

Busquei

Nas palavras o conforto

Dancei no silêncio morto

E o escuro revelou

Que em mim a luz se esconde

Vou ser forte e vou-me erguer

E ter coragem de querer

Não ceder nem desistir

Eu prometo

Fabricio Herzog
Enviado por Fabricio Herzog em 09/03/2009
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