Contorno...

Ouço a luz emanada pelos teus olhos... Claros momentos de tela plana...
Um teatro de cores... Tamanho o recorte, nas pinceladas cruas do destino... Psique?
Chegou o dia em que as minhas vistas levam-me ao infinito...
Um viajar pelas encostas de um vulto marginal... Até chegar a casa... O mar bate com bravura, nos rochedos que delimitam o espaço de areia... Aproxima-se cada vez mais... E, no outro dia, ficam apenas as marcas de suas lágrimas com gosto... No chão.
Eu vi o lugar assim... O mar... O som...
Em mais um rascunho das telas... Pude olhar o horizonte em linha...
Havia a revoada matinal... O ruído das folhas craquinando o andar... O contrário fascina-me... O andar é apenas passo... As folhas, o foco.
Uma ordem gramatical embalada pela Literatura... E o poeta desliza as gotas de saliva inconsciente...
Queria ter as artimanhas, em goles... Saber o que de fato está escrito... No entalhe das curvas do meu corpo...
Mas, conheço as cartas marcadas... Em riso, encontro-te comigo...
Fiz um elo... Juntei os gomos... Sou de outro tamanho.
Ouço os ditames da música... Sou as vestes que retiro aos poucos... Um embrulhar da pele... Os contrários vistos aos olhos-espelho...
Construo, em sonhos, as estradas de cimento armado... Puro relato...
Eu vi um lugar assim... Tijolos.


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