O MENINO, O RIO E O TEMPO
O menino sentou-se na beira do rio e deixou o olhar perdido nas águas inquietas que levavam o tempo e todos os sonhos... E já não era mais o menino! Era o ancião, habitante do seu âmago, martelando os pregos da canoa que o levaria à outra margem.
Lá, encontrou o filósofo perdido em sua complicada e sensível realidade. E, deslizando os passos pelas idéias que permeiam a essência do Ser, sentiu-se rico ao constatar-se imprimido na unidade.
Pensou , - Sou um rio!!! E mergulhou nas profundas águas da eternidade...
Viu-se em todas as eras. Sentiu , em cada célula, em cada átomo, o latejar da evolução sem fim das espécies. Percebeu outros seres sentindo as mesmas dores, as mesmas alegrias; encontrou semelhanças entre os paradoxos.
Sorriu feliz apreciando a chuva!
As campinas verdejaram e o sol inundou de calor as vidas.
As plantas floresceram, vieram os frutos... amadureceram, caíram ao chão e apodreceram.
No espelho d´água avistou a criança, o moço e o velho. E aceitou as limitações do seu entendimento.
Estendeu o olhar pela mata em chamas; viu o homem destruindo o paraíso - O homem, o predador das espécies ?! - era ele mesmo! E chorou todas as lágrimas do remorso.
Outras estações vieram. Ele cantou na voz do vento - todas as épocas...
Sentiu-se só.
A natureza destruída , os animais carbonizados!
O mormaço daquela atmosfera era escaldante! A deusa Ganância, tão despótica e insensível, lançou-lhe um bafo quente cheirando a enxofre - Era o caos?!
Sentiu sede. As águas já não eram potáveis. - Onde estaria o rio???
Aquele da sua infância, onde estaria?
Remexeu as cinzas do passado na tentativa de resgatar , num passe de mágica, como a Fênix mitológica - Todos os patrimônios da Natureza... Ou, então, perder-se-ia na perpétua e insana solidão.
Cerrou bem forte os olhos. Desejou ardentemente - VERDE! VIDA!
No palco da existência, as acinzentadas cortinas de fumaça abriram-se ... E era Azul! - muito azul o céu deste momento. A Esperança vibrou nos olhos da Vida!O paraíso expandiu-se como miragem dos seus sonhos.
Na Terra, na Criação, na criança, no moço, no ancião um só Coração pulsando - ESPERANÇA!!! Não era tarde demais para o recomeço!
O verde surgia na medida certa de seu desejo.
A Vida oferecia ao mundo - outra chance.
Sentado na beira do rio, era novamente o menino que acreditava em um mundo melhor para a criança, o moço, o ancião e toda Criação.
Soltou das mãos as pesadas correntes do desamor e as águas as levaram embora.
Pousou os pés no chão da realidade e sentiu firmeza - Agora é um novo tempo!
As águas do rio rolaram... rolaram... O menino cresceu.
O ancião, em sua dimensão, sorriu à espera de um possível reencontro - muito mais cósmico - pós o caos...
O menino sentou-se na beira do rio e deixou o olhar perdido nas águas inquietas que levavam o tempo e todos os sonhos... E já não era mais o menino! Era o ancião, habitante do seu âmago, martelando os pregos da canoa que o levaria à outra margem.
Lá, encontrou o filósofo perdido em sua complicada e sensível realidade. E, deslizando os passos pelas idéias que permeiam a essência do Ser, sentiu-se rico ao constatar-se imprimido na unidade.
Pensou , - Sou um rio!!! E mergulhou nas profundas águas da eternidade...
Viu-se em todas as eras. Sentiu , em cada célula, em cada átomo, o latejar da evolução sem fim das espécies. Percebeu outros seres sentindo as mesmas dores, as mesmas alegrias; encontrou semelhanças entre os paradoxos.
Sorriu feliz apreciando a chuva!
As campinas verdejaram e o sol inundou de calor as vidas.
As plantas floresceram, vieram os frutos... amadureceram, caíram ao chão e apodreceram.
No espelho d´água avistou a criança, o moço e o velho. E aceitou as limitações do seu entendimento.
Estendeu o olhar pela mata em chamas; viu o homem destruindo o paraíso - O homem, o predador das espécies ?! - era ele mesmo! E chorou todas as lágrimas do remorso.
Outras estações vieram. Ele cantou na voz do vento - todas as épocas...
Sentiu-se só.
A natureza destruída , os animais carbonizados!
O mormaço daquela atmosfera era escaldante! A deusa Ganância, tão despótica e insensível, lançou-lhe um bafo quente cheirando a enxofre - Era o caos?!
Sentiu sede. As águas já não eram potáveis. - Onde estaria o rio???
Aquele da sua infância, onde estaria?
Remexeu as cinzas do passado na tentativa de resgatar , num passe de mágica, como a Fênix mitológica - Todos os patrimônios da Natureza... Ou, então, perder-se-ia na perpétua e insana solidão.
Cerrou bem forte os olhos. Desejou ardentemente - VERDE! VIDA!
No palco da existência, as acinzentadas cortinas de fumaça abriram-se ... E era Azul! - muito azul o céu deste momento. A Esperança vibrou nos olhos da Vida!O paraíso expandiu-se como miragem dos seus sonhos.
Na Terra, na Criação, na criança, no moço, no ancião um só Coração pulsando - ESPERANÇA!!! Não era tarde demais para o recomeço!
O verde surgia na medida certa de seu desejo.
A Vida oferecia ao mundo - outra chance.
Sentado na beira do rio, era novamente o menino que acreditava em um mundo melhor para a criança, o moço, o ancião e toda Criação.
Soltou das mãos as pesadas correntes do desamor e as águas as levaram embora.
Pousou os pés no chão da realidade e sentiu firmeza - Agora é um novo tempo!
As águas do rio rolaram... rolaram... O menino cresceu.
O ancião, em sua dimensão, sorriu à espera de um possível reencontro - muito mais cósmico - pós o caos...