janela aberta

FISCAL DA ALFÂNDEGA POÉTICA (PO…!)

«"fiscais da alfândega poética" que vivem querendo impor limites para a poesia. O trabalho de Arnaldo é justamente testar até onde vai a poesia, um trabalho que é, no mínimo, mais divertido. Daí seus poemas-foto, poemas-desenho, poemas-rabisco, poemas-verso (por que não?), poemas-em-prosa, poemas concretos, pós-concretos e pop-concretos etc... Nem todas as respostas cabem num adulto, mas todas as perguntas cabem num poema, em especial aquela: "por que é que não pode?"»,

Carlito Azevedo

PROSA (S)EM POEMA

Eu proporia este outro título para tratar o tema da "poesia em prosa", ninguém tema tratar este assunto. As palavras foram feitas para fazer falar o Homem à distância, no tempo e no espaço.

Eu podia assinar estas palavras, não seriam mais minhas por isso. Admiro-me da animalidade dos humanos, os manos, todos?, querem ser eles próprios. Eu sou actor, dum teatro que nunca fecha: nunca me canso de ser.

Quando vou dormir, levo comigo os sonhos de que me lembro. Às vezes, quando acordo, tenho outros de que me recordo, raramente acontece. Então adormeço no princípio das palavras e tento acabar… no seu fim!

ESCRITO

que

um poeta

chame poema

à prosa

que

escreveu, eu

tanto se

me dá

como

se me

deu…

o que

um poeta

escreve

fica…

Rainha, minha vassalagem só não avassala você se aqui não se sentar de pernas abertas olhando para mim e revirando os olhos enquanto me faço entrar em teus entre-folhos!

Bjs

F

{Se isto não foi esquecido, foi man_dado... na data do anterior citado, incluído nas minhas redacções, curtas como micro micro-contos ou simples imagens: janela aberta.}

Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 28/04/2006
Reeditado em 28/04/2006
Código do texto: T146673