MAIS NADA



De mãos ainda imaginárias
Brotaram rosas a mim ofertadas
Inesperadamente.
De lábios invisíveis o som de palavras
Doces, imaginadas
A demonstrar por simples gestos singelamente
Não pronunciadas apenas ditas através das rosas
As lindas rosas multicores a mim enviadas.
E pra não dizer que não falei de flores,
Como já nos falou o poeta Vandré,
Nem de amores, silenciarei.
E enquanto todos dormem,
Sigo escrevendo versos pelas madrugadas
Diante das rosas orvalhadas e como as rosas não falam
Já dizia o poeta Cartola, elas apenas me escutam
Entendem-me mais nada


Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional