PÁGINAS DA VIDA II - (2ª parte)
-continuação-
A história de um misterioso amor.
Meu Deus, como eu a amei naquele momento!
A melhor experiência que eu tive na minha vida, foi a de amar essa mulher.
Amo-a tanto que eu sinto que não mais me pertenço, pois esse sentimento que é demais blandicioso me transferiu misticamente para ela de corpo e alma.
Essa transferência, digamos assim, é virtual, mas é, sobretudo, real e misteriosamente inefável, é como se eu fosse ubíquo, e assim, eu sinto que estou em mim, mas ao mesmo tempo eu sinto que estou nela.
A imponderabilidade desse amor nos transformou loucamente. Já não passávamos um dia sequer sem conversarmos, nos víamos duas vezes por semana, tenho até a impressão que respirávamos um pelo outro.
As nossas vidas, de uma hora para outra, foram recicladas e sintetizadas, para não dizer que foram totalmente modificadas e gostosamente tumultuadas.
Pois perdemos os nossos hábitos costumeiros, as nossas rotinas foram para o espaço, ficamos novamente jovens adolescentes e, até de certo modo, um pouco irresponsáveis.
Pois, quando estávamos juntos parecia que o mundo não existia, as pessoas não nos importavam, ríamos à-toa de qualquer coisa e transparecia em nossos olhos e em todo o nosso ser, aquela alegria que andava escondida.
Antes, quando estávamos sozinhos, até preferíamos morrer lentamente, mas agora voltava aos nossos olhos aquele brilho que denotava o nascimento de uma nova paixão.
Na hora do amor, nessa santa ocasião em que éramos arrebatados em espírito, talvez até na carne, para ali na indizível campina sideral flutuarmos junto às estrelas, enlevados pelos Anjos que, tocavam para nós em suas flautas doces e harmoniosas tessituras celestiais.
Naquele momento, ela ficava divinamente transfigurada como se fosse um Ente caído não sei de onde, e eu, me transformava num demiurgo, para apaixonadamente beijar os seus lindos olhos verdes, e aí, só me restava ficar divinamente encantado por ela e pelo seu corpo abrasado de prazer.
Meu Deus, como eu a amava nessas horas! Pois o amor que sentíamos em nós, era como se fosse uma imanência especial derramada pelo nosso misterioso Criador.
Creio firmemente que tudo isso estava há séculos sendo preparado para nós, pois não fomos normalmente apresentados, não nos conhecíamos e nem sabíamos das nossas próprias existências.
E eu, naquela época, até me prontificava a virar a sua cidade de cabeça para baixo, só para achar essa linda mulher, isso foi a ocorrência de um sinal evidente, sugerindo com toda a certeza que, ali estava sendo operado algo invisível pelas mãos invisíveis do destino.
E, esse sincronismo inexplicável que nos transformou em Entes conhecidos e transfigurados, agora ingratamente por falta de compreensão do imponderável nós debitamos ao vulgar destino.
Que Deus nos perdoe!
Agora, mesmo estando distante dela, eu a possuo e ela me possui, por isso somos dois em um, é uma sobreposição tão gostosa que, eu passei a me alimentar somente com os seus longínquos sorrisos e com a beleza dos seus lindos olhos verdes em incansáveis lembranças.
Somos graciosamente irreverentes, isto porque, a inefabilidade do amor, nos fez assim, totalmente alegres e vivendo uma vida como realmente deveria ser vivida.
Deusa, como eu te amava!
-continua-
-continuação-
A história de um misterioso amor.
Meu Deus, como eu a amei naquele momento!
A melhor experiência que eu tive na minha vida, foi a de amar essa mulher.
Amo-a tanto que eu sinto que não mais me pertenço, pois esse sentimento que é demais blandicioso me transferiu misticamente para ela de corpo e alma.
Essa transferência, digamos assim, é virtual, mas é, sobretudo, real e misteriosamente inefável, é como se eu fosse ubíquo, e assim, eu sinto que estou em mim, mas ao mesmo tempo eu sinto que estou nela.
A imponderabilidade desse amor nos transformou loucamente. Já não passávamos um dia sequer sem conversarmos, nos víamos duas vezes por semana, tenho até a impressão que respirávamos um pelo outro.
As nossas vidas, de uma hora para outra, foram recicladas e sintetizadas, para não dizer que foram totalmente modificadas e gostosamente tumultuadas.
Pois perdemos os nossos hábitos costumeiros, as nossas rotinas foram para o espaço, ficamos novamente jovens adolescentes e, até de certo modo, um pouco irresponsáveis.
Pois, quando estávamos juntos parecia que o mundo não existia, as pessoas não nos importavam, ríamos à-toa de qualquer coisa e transparecia em nossos olhos e em todo o nosso ser, aquela alegria que andava escondida.
Antes, quando estávamos sozinhos, até preferíamos morrer lentamente, mas agora voltava aos nossos olhos aquele brilho que denotava o nascimento de uma nova paixão.
Na hora do amor, nessa santa ocasião em que éramos arrebatados em espírito, talvez até na carne, para ali na indizível campina sideral flutuarmos junto às estrelas, enlevados pelos Anjos que, tocavam para nós em suas flautas doces e harmoniosas tessituras celestiais.
Naquele momento, ela ficava divinamente transfigurada como se fosse um Ente caído não sei de onde, e eu, me transformava num demiurgo, para apaixonadamente beijar os seus lindos olhos verdes, e aí, só me restava ficar divinamente encantado por ela e pelo seu corpo abrasado de prazer.
Meu Deus, como eu a amava nessas horas! Pois o amor que sentíamos em nós, era como se fosse uma imanência especial derramada pelo nosso misterioso Criador.
Creio firmemente que tudo isso estava há séculos sendo preparado para nós, pois não fomos normalmente apresentados, não nos conhecíamos e nem sabíamos das nossas próprias existências.
E eu, naquela época, até me prontificava a virar a sua cidade de cabeça para baixo, só para achar essa linda mulher, isso foi a ocorrência de um sinal evidente, sugerindo com toda a certeza que, ali estava sendo operado algo invisível pelas mãos invisíveis do destino.
E, esse sincronismo inexplicável que nos transformou em Entes conhecidos e transfigurados, agora ingratamente por falta de compreensão do imponderável nós debitamos ao vulgar destino.
Que Deus nos perdoe!
Agora, mesmo estando distante dela, eu a possuo e ela me possui, por isso somos dois em um, é uma sobreposição tão gostosa que, eu passei a me alimentar somente com os seus longínquos sorrisos e com a beleza dos seus lindos olhos verdes em incansáveis lembranças.
Somos graciosamente irreverentes, isto porque, a inefabilidade do amor, nos fez assim, totalmente alegres e vivendo uma vida como realmente deveria ser vivida.
Deusa, como eu te amava!
-continua-