A FESTA
Após confessar as aversões
Pelas quais passou na vida
Comovi-me porque em quase
Tudo tivemos as mesmas versões
Motivo, inclusive, que nos aproximou
E convertemos nossas vidas
Em alegrias, risos e festividades
No afã em reconstruir o que desabou
Fantasiamos nossas tristezas
E as mascaramos em felicidades
Cada café, cada refeição
Foi motivo de apagar as asperezas
Quando a fatalidade
Necessitou de você
Mesmo sem o sofrer
- Tenho que te cuidar
Depois de tudo que te cantei,
Enfeitei
Talvez sem o amar
Mas as bolas que te enchi
Os doces que te adocei
As velas que acendi
Os bolos que decorei
As músicas que dancei
Enfim
A vela se apagou