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FICTA SOMBRA
Onde vais minha rosa. Onde vais?!
Ainda agora a luz te amamentou...
Sombra de uma cidade perdida debaixo da mesa, de um povo sofrido, de batidas pulsantes à portas seladas ,esta palavra carrega o peso sutil da pena que entalha o vidro e derrete a página porque o fogo tudo consome. Olho o céu e voce me responde pois já sabe ,sempre, das coisas mesmo antes que te diga. Meus pés afundam as sandálias, carrego uma bagagem secreta de linhas e tralhas que se desprendem das minhas páginas reviradas, apócrifas, soltas, nunca camufladas, mas que singram em revoadas entre os lençóis dos meus desertos e flutuam a céus abertos e provocam tempestades!E voce ri dos quilometros dos meus olhos e entre os dentes dos dragões sabe como guardar-te sem revelar os teus itinerários de quem manipula com sabedoria a poeira que vira o trigo, a massa que se transmuta da boca do poeta, a loucura que do mundo putrefa. Há uma memória que eu não posso te ler, mas, como uma ficta sombra te confessa em mim o teu pergaminho, palimpsesto dos mesmos rosais, sou pó dos ossos desse jardim.
www.lilianreinhardt.prosaeverso.net
http://cordasensivel.blogspot.com
FICTA SOMBRA
Onde vais minha rosa. Onde vais?!
Ainda agora a luz te amamentou...
Sombra de uma cidade perdida debaixo da mesa, de um povo sofrido, de batidas pulsantes à portas seladas ,esta palavra carrega o peso sutil da pena que entalha o vidro e derrete a página porque o fogo tudo consome. Olho o céu e voce me responde pois já sabe ,sempre, das coisas mesmo antes que te diga. Meus pés afundam as sandálias, carrego uma bagagem secreta de linhas e tralhas que se desprendem das minhas páginas reviradas, apócrifas, soltas, nunca camufladas, mas que singram em revoadas entre os lençóis dos meus desertos e flutuam a céus abertos e provocam tempestades!E voce ri dos quilometros dos meus olhos e entre os dentes dos dragões sabe como guardar-te sem revelar os teus itinerários de quem manipula com sabedoria a poeira que vira o trigo, a massa que se transmuta da boca do poeta, a loucura que do mundo putrefa. Há uma memória que eu não posso te ler, mas, como uma ficta sombra te confessa em mim o teu pergaminho, palimpsesto dos mesmos rosais, sou pó dos ossos desse jardim.
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