-VOANDO ATRÁS DOS SONHOS-
Meu corpo se separa da alma.
Definho o silêncio do desencontro.
Afogo no silêncio lágrimas de decepção.
Minha voz se cala, na garganta seca.
Minhas dores já não mais me castigam.
Não sinto o pulsar do meu coração.
Há uma escuridão pairando sobre meu ser.
Aos poucos me desligo da existência carnal.
Viver se torna um calvário e uma ameça aos
fracos como eu.
Não vou reagir as amarras do mundo, não vou
me impor aos castigos humanos.
Vou divagar por ilusões que me conduzam a
terras seguras.
Vou me alimentar dos sonhos que não ceifam
esperanças.
Vou deixar tolos assumerem o espetáculo.
Vou esconder os sábios no olhar que traduz
todas as verdades.
E como uma borboleta vou alçar vôo para um
lugar que trasmita segurança e acalento.
De repente eu possa trazer a aquarela de cores
a minha vida e reasumir a felicidade perdida.
camomilla hassan