DIONÍSIO
Meu peito ainda dói.
Até quando a vida será arrancada de nós?
Ainda nos embriagamos nos doces lábios da Deusa de alvas vestes que se esvaem ao vento...
Onde está o paraíso prometido?
O vinho, o vinho novo, morrendo na parreira...
Não rejeitem o cálice e não se culpem por provar do vinho...
Sua mão me afaga a alma à noite e me faz lutar ao dia sem a espada da moral
Nas sombras da ironia reluzem olhares e sorrisos mórbidos
Com os quais eu não sei lidar...