Fá polito, baúco!
Fá polito, baúco!
13 10mbro 1993
(Faz direito, bobo!)
Quero defecar sobre teus dejetos.
Quero lamber a ferida podre
que tua mente tuberculosa produziu.
E quero estuprar a mulher esquelética
que te tirou noites de reparador sono.
Quero refrescar-me com o negro sangue
de tuas entupidas veias
de pequeno cidadão consumidor de sebo.
E quero ensinar a tua filhinha
como são os monstros coloridos
dos comerciais que a devoram.
...mas eu não quero nada disso.
O meu semblante não emocionado fica
com rostos de criancinhas
- que + parecem pequeninas ratazanas
que mendigam aquilo que sua
enrustida violência há de querer.
Sou morfina em ataque renal!
E escutem, tropa de putos de caneta à mão!
Só o sofrimento é sincero!
E como anunciada, a morte vem.
Ai de tuas sementes...