LABIRINTO DO AMOR
Gilse amava Zezinho, que amava Elaine. Doidinhas as duas. A primeira de amor; já a segunda de tanto levar socos do pai que odiava Zezinho,
que namorava as duas. Escondia a Gilse da Elaine e escondia a Elaine do pai. A primeira via todo dia; já a segunda só na furtiva ou pelas cartas escorrendo amor pela tinta. E quem escrevia era o Paulo,
o poeta que inventava o amor de papel para o amigo. Gilse deixou o amor de lado e casou com outro rapaz. Elaine perdeu a guerra com o pai e largou o amor de Zezinho, que perdeu o jeito de amar, casou-se com outra moça e foi para Carajás.