Versos deformados de amor

Tento, em vão, fazer versos nobres.

Chego, enfim, em rimas pobres.

Busco formas sutis de dizer o que sinto.

Mas se me assumo como poeta, minto.

Amo, ainda que não saiba fazer versos como poeta.

Pense em julgar meus versos e não assuma uma postura colérica.

Rimas de amor com flor não irá medir o quanto sou poético.

Penso em fazer versos com ares de apaixonado.

O ela, sujeito presente, ainda que oculto, está nas linhas de meus versos.

Revela que pra ser poeta só me falta o talento.

Já a tenho, me falta agora a rima, a métrica e saber transpor o que sinto em linhas.

Conformo-me em te-la a cada dia a minha espera.

Como poeta desejaria ser, não tendo a minha musa?

Amo e arrisco, assumindo o posto de ridículo, fazer versos.

Tento chegar ao fim e descrever o que sinto.

Mas, além de léxico e talento, me falta capacidade de sintetizar algo que é infinito.

Frases, pra que? Se na verdade são um punhado de conjunções e advérbios.

O meu amor dispensa palavras, e salvo meu pouco talento com esse argumento.

Amo-a e, isso que tento dizer com palavras sobre um papel, não precisa ser dito.

Amo com ou sem palavras, sem versos, sem estrofes, mas a amo a cada momento.

uiliam santana
Enviado por uiliam santana em 20/02/2009
Reeditado em 12/03/2013
Código do texto: T1449446
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