O Sangue Inocente
O sentido dos inocentes
é profetizar sons agudos sem sentidos
O clamor dos desvalidos é a angústia dos dias sem fim
O dano da volúpia esquecida
é o caminho sem fim, para qualquer lugar...
em qualquer parada, em qualquer esquina, esquecida...
confundida com o relâmpago do medo. Oh, absurdo!
O concreto já é mais abstrato e os confins, se tornaram limites;
E a alma vaga! há uma vaga? um espasmo de dor?
Só se for?!
Ah, algoz! ave viciante que rouba o fígado de prometeu
Joga-te longe daqui, fuja para para terra de Hades...
E no silêncio de meus próprios medos,
na solidão do meu copo d'água transbordante
a reflexão fica vaga...inútil, pertubadora
uma atriz de um carnaval efêmero
a máscara da morte olhando para sí mesma
Se eu soubesse? Se ao menos pestanejasse uma centelha de graça?
a máscara iria cair... e no fim, no fim do espetáculo
a platéia iria aplaudir o palhaço e toda alegria inundaria
o recomeço de um novo dia!