O Sangue Inocente

O sentido dos inocentes

é profetizar sons agudos sem sentidos

O clamor dos desvalidos é a angústia dos dias sem fim

O dano da volúpia esquecida

é o caminho sem fim, para qualquer lugar...

em qualquer parada, em qualquer esquina, esquecida...

confundida com o relâmpago do medo. Oh, absurdo!

O concreto já é mais abstrato e os confins, se tornaram limites;

E a alma vaga! há uma vaga? um espasmo de dor?

Só se for?!

Ah, algoz! ave viciante que rouba o fígado de prometeu

Joga-te longe daqui, fuja para para terra de Hades...

E no silêncio de meus próprios medos,

na solidão do meu copo d'água transbordante

a reflexão fica vaga...inútil, pertubadora

uma atriz de um carnaval efêmero

a máscara da morte olhando para sí mesma

Se eu soubesse? Se ao menos pestanejasse uma centelha de graça?

a máscara iria cair... e no fim, no fim do espetáculo

a platéia iria aplaudir o palhaço e toda alegria inundaria

o recomeço de um novo dia!

Lourenço SLS
Enviado por Lourenço SLS em 18/02/2009
Código do texto: T1446712
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