O Milagre do Amor
Réu em pórtico, postulante de esperança.
Poetisa sorvendo cristais de orvalhos
Soturnos
Noturnos.
Sua arrogância poética oculta
O surto humanista, espinho de sua razão.
No pórtico lunar sob as colunas,
A brisa do milagre do amor.
Réu das cachoeiras, progênie de mitos,
Poeta feito árvore sem frutos, em primavera
Híbrida
Fingida,
Náufrago em restos de versos,
Suas dores em matizes vangoghianas!
No frio véu das cachoeiras,
Paira a brisa do milagre do amor.
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