Anarquia moral em campos de cevada
Anarquia moral em campos de cevada
Amélia cozinha peitos de ingleses famosos do século XII.
Para sobremesa, prepara suculentas bundas
de pretas madames das florestas do Djbuti.
No almoço, suco do sangue de bebezinhos
abortados por aborígenes da Austrália.
Saladas são os dedinhos e orelhinhas
de mulherzinhas da Califórnia.
Para o final, um chá secreto feito
do líquido amniótico tirado do útero de mulheres do Ártico.
Se vomitar alguém, por demais comer, há um santo remédio:
Plasma e esperma de cidadãos votantes
-e civilizados- de regiões interioranas da querida França.
Para a noite fria, um confortante
cobertor de peles de Haitianos.
Cabecinha no travesseiro de pelos
de Russos ocidentalizados.
Boa Noite.