Anarquia moral em campos de cevada

Anarquia moral em campos de cevada

Amélia cozinha peitos de ingleses famosos do século XII.

Para sobremesa, prepara suculentas bundas

de pretas madames das florestas do Djbuti.

No almoço, suco do sangue de bebezinhos

abortados por aborígenes da Austrália.

Saladas são os dedinhos e orelhinhas

de mulherzinhas da Califórnia.

Para o final, um chá secreto feito

do líquido amniótico tirado do útero de mulheres do Ártico.

Se vomitar alguém, por demais comer, há um santo remédio:

Plasma e esperma de cidadãos votantes

-e civilizados- de regiões interioranas da querida França.

Para a noite fria, um confortante

cobertor de peles de Haitianos.

Cabecinha no travesseiro de pelos

de Russos ocidentalizados.

Boa Noite.

César Piscis
Enviado por César Piscis em 15/02/2009
Código do texto: T1440526
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