Querendo crer...

Supunha-me, francamente,

Que o mundo de outra gente
Não fosse igualzinho ao meu;
Aconteceu simplesmente,
Que sinto o que o outro sente
Naquele mundo tão seu.
 
Talvez, como antigamente,
O passado tão presente
Também pra mim não morreu.
Com isso, nós tão ausentes
Confusos e até descrente
Da saudade que sou eu.
 
Sendo assim enquanto espero
Encontrar um mundo novo,
Troco verão por inverno
Já que meu tempo é tão pouco.
Tento encontrar um espaço
No tempo do meu presente,
E acreditar no que faço.

Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional