O Mapa da violência
De repente, um homem, num gesto rápido, toma a bolsa da senhora, que acabara de sair do banco, com sua aposentadoria na Rua Maria Paula.
Um grito de socorro estremecido e agudo rasga o ar!
O gatuno era jovem, mulato e forte e saiu em desabalada carreira em direção ao viaduto Dona Paulina.
Um policial militar partiu ao seu encalço, mas o ladrão, velocíssimo e ágil, saltou de cima do viaduto como se fosse uma fera em fuga, (Bem que poderia ter sido um atleta) e então, correu livre pela Rua 23 de Maio.
Nervoso, vencido e irritado o policial, apóia-se na murada do viaduto e dispara seu revolver duas vezes : Bam, Bam !
Uma das balas caprichosamente, acertou a nuca do jovem. Um tiro de rara felicidade e difícil, diriam os especialistas.
(Os policiais dizem que o corpo humano tem um estranho magnetismo que atrai os projéteis. Eu acho que é a vida que os atrai).
O jovem se esborrachou no chão e a bolsa sem o controle de suas mãos, rolou pela rua sendo pisoteada pelos carros, que passavam em sentido contrário.
O corpo imóvel, ficou ali um tempo, coberto apenas por algumas folhas de jornais, enquanto aguardava os procedimentos burocráticos da policia.
Um sangue grosso escorreu pelas narinas do jovem, por onde possivelmente, a bala teria saído.
Assim, um sangue vermelho e denso, desceu lentamente pelo piso imperfeito da calçada, próximo à sua cabeça, formando uma poça de sangue. Aos poucos aquela poça de sangue aumentou e seguindo os contornos do terreno irregular, tomou uma estranha forma, que vista de longe, lembrava o mapa do Brasil.
De repente, um homem, num gesto rápido, toma a bolsa da senhora, que acabara de sair do banco, com sua aposentadoria na Rua Maria Paula.
Um grito de socorro estremecido e agudo rasga o ar!
O gatuno era jovem, mulato e forte e saiu em desabalada carreira em direção ao viaduto Dona Paulina.
Um policial militar partiu ao seu encalço, mas o ladrão, velocíssimo e ágil, saltou de cima do viaduto como se fosse uma fera em fuga, (Bem que poderia ter sido um atleta) e então, correu livre pela Rua 23 de Maio.
Nervoso, vencido e irritado o policial, apóia-se na murada do viaduto e dispara seu revolver duas vezes : Bam, Bam !
Uma das balas caprichosamente, acertou a nuca do jovem. Um tiro de rara felicidade e difícil, diriam os especialistas.
(Os policiais dizem que o corpo humano tem um estranho magnetismo que atrai os projéteis. Eu acho que é a vida que os atrai).
O jovem se esborrachou no chão e a bolsa sem o controle de suas mãos, rolou pela rua sendo pisoteada pelos carros, que passavam em sentido contrário.
O corpo imóvel, ficou ali um tempo, coberto apenas por algumas folhas de jornais, enquanto aguardava os procedimentos burocráticos da policia.
Um sangue grosso escorreu pelas narinas do jovem, por onde possivelmente, a bala teria saído.
Assim, um sangue vermelho e denso, desceu lentamente pelo piso imperfeito da calçada, próximo à sua cabeça, formando uma poça de sangue. Aos poucos aquela poça de sangue aumentou e seguindo os contornos do terreno irregular, tomou uma estranha forma, que vista de longe, lembrava o mapa do Brasil.