ENCHENTE
Para desespero de uns e por passeios de outros,
as enchentes estão aí.
Não como fim de uma estrada,
não apenas com desespero dos desabrigados,
mas como um despertar de consciências.
É como se a natureza gritasse, ao som das águas:
Oh! homem renova-se; algo está errado meu filho!
Quando o homem começa a andar em desarmonia
com a natureza e com o Criador, as leis naturais se fazem ouvir.
Já que estamos envolvidos por um universo complexo e sistemático,
onde vivem leis espirituais e naturais;
Poéticamente, já que o poeta mais que sonhador, é uma criança,
inspira-me dizer que nós estamos precisando
de uma enchente de amor, que transborde o vazio das vidas inúteis,
que inunde os corações desacreditáveis dos homens,
em fé e confiança no próximo;
que varra dos corações submersos todo o vazio,
todo o sarcasmo, todo o orgulho.
E quando ,do nosso eu desabrigados ;e pelas vicissitudes da vida nos sentirmos abandonados,
buscaremos então, abrigo nos braços dAquele
que os estendeu uma vez para abrigar o homem
para sempre em Seu ser.
Necessário se faz uma enchente,
uma enchente transbordante de amor fazer.
Heliana Mara