Ainda tenho que viver mais, para saber que nunca saberei. (Um fino trato em mim mesmo)
Engulo as lagrimas acidas do tempo,
assim seco os sonhos inóxios, apesar do contra tempo.
Soldador do entusiasmo, com maçarico aquecido de lembranças,
lançando chamas de percepção.
Um dia se rompe as estruturas da imensidão,
e o caminho extenso se estende mesmo com a ilusão.
Moldo em mim mesmo uma trilha qualquer, que me leve ao contrario do hoje.
Um sintoma que veio a tona, uma lembrança rara, que às vezes detona,
como uma dinamite quebrando a rocha maciça no alicerce da montanha.
Minha posição no espaço, é um elo, entre o obscuro e a clarividência,
a sanidade e a decência, o simples e a ciência,
com evidências nas essências; sustento as forças desconhecidas, com fatos
e saúdo as conhecidas com atos.
Vejo meu rosto fora do espelho, olhando para mim, me dizendo por onde seguir.
É o sinal da amizade, um fino trato em mim mesmo.
se quero seguir, preciso de vontade,
se quero continuar, preciso de forças,
suspiro e aspiro para dentro de mim,
um pouco mais de querer, animo, atitude e coragem,
só assim sobrevivo, com lealdade.
Insisto mais um pouco na sobrevivência,
e sobre a vivência? Ainda tenho que viver mais para saber
que nunca saberei.