Maria Magda em Paulo Berlatok

Corri para ver, como de costume,

Maria Magda ficar completamente louca

Ao ver Paulo Berlatok

Não se entendia o que tinha aquela moça

Mas seus nervos se atormentavam

A boca tremia, as pontas dos dedos suavam

E a palma ficava fria

Coitada de Maria Magda

Tão apreensiva de seu sufoco

Que ela mesma não entendia

Porém assim que ela o perdia de vista

Seus tormentos ficavam ocos

Os olhos se estatelavam

O peito quase explodia

Como se fosse dar um grito louco

- a rua na expectativa

E de repente no súbito

Começa a se mijar em gargalhadas

De quase perder o fôlego

E no desespero de não achar graça

Começava a se quebrar em tudo que via

Vasos, porcelanas e vidraças

Cabeçadas nas prateleiras de iguarias

Podia se arrebentar toda

Que as risadas se fortaleciam

Até que alguém, por gratidão

Ou por se cansar da cena até então

Jogasse-lhe um balde de água fervendo

E um outro de água fria

Assim ela ia

Sofrendo

Com essa história toda..

Que na cabeça, Paulo Berlatok vivia

Sempre quando passava por Maria Magda

Uma dama de semblante meigo

Com roupas de missa

Vendendo no secos e molhados

Para dar miúdos a família

Mas tentou ele e não conseguiu

Em suas diárias caminhadas

Conter as loucuras de Maria Magda

Que tanto o atormentava

Até a perder de vista.

Leo Lopes
Enviado por Leo Lopes em 11/02/2009
Código do texto: T1433290
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