Desenho o Futuro
Na noite corre um rio, a água mais funda que as veias, um rio é assim face às sombras ou às margens, talvez a luz que desliza submersa e emerge mais longe na distância. Como um ponto, um traço no futuro.
E ficou a memória. Desenho a passagem, há um lugar entre as árvores do rumor, o vento sorve os lábios sob o silêncio da penumbra. Aonde iremos fascinados habitar os espelhos do futuro.
Irradia o corpo o vértice da aurora, este cenário límpido para pronunciar o futuro dos olhos. Seremos, sem direcção no perfil das aves.
Como um ponto, um traço na distância.
O lugar, as veias mais fundas que a luz, quando as aves pelos lábios da aurora.
Em qualquer traço no futuro.