Bati na mesma tecla: amor.

Ser leviano ao amor não seria tão complicado se os valores do mundo em que vivemos não tivessem mudado. Se a qualidade ainda estivesse num parâmetro muito mais alto do que a quantidade, porque, quem vive dessa realidade sabe o quanto de vazio se carrega ao chegar em casa...

O imaginário é que permite a lucidez, é que faz mesmo com seu lado divino, tornar terreno, com os pés no chão toda vontade que ainda existe de querer encontrar a metade. A metade da laranja que a gente insiste encontrar...

As lembranças do passado é que guardam a serenidade do encontro, das paixões que passaram e deixaram toda a sua motivação da partilha. Mas, já não sei até quando isso pode existir. A procura imediata faz o amor surgir onde nunca existiu, torna a vida mais palpável , calorosa, e ao ser compartilhada nos leva a não querer desistir.

Mesmo depois de tudo que foi vivido, e ainda que esteja doloroso, ressentido, magoado, você vai querer se apaixonar novamente, sobre todas as possibilidades de ter encontrado “a sorte de um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”.

Deixe estar, daqui pra frente não permita que a guerra seja feita. A resistência é um anticorpo que a razão criou para tentar dar imunidade ao coração, mas ele é invencível. Emanar o amor, sentir a paz que nos acalenta por dentro e nos dar força para soltar o incontido, faz a vida em serenidade permear o outro, e é disto que a vida precisa.

Eu busquei abraçar esse mundo de pouca coragem, e é por isso, que mesmo que eu não queira, me vejo apegada a este sentimento que me faz escapar das dificuldades para querer viver e continuar a escrever do que talvez seja o único deus que exista, o amor.

Por isto, abrace-o.