SOLIDÃO
SOLIDÃO
Vanderli Granatto
Denso nevoeiro, pensamento encoberto.
Embaçadas cores no caminheiro,
Sombras a vagar por perto,
Geleira a adormecer o corpo inteiro.
Reprimido lamento,
lentidão de ilusão à algum intento.
Estrelas não mais cintilam,
pensamento a divagar...
Sombras, sombras no pensar.
Onde estará a luz do luar?
Embriagada a mente, desliza nas trevas,
na sombra do amargor cortante,
do nevoeiro denso, constante.
Tristeza aumentando a cada instante.
Noite, luar distante...
Explode em dor o peito,
desconforto a imperar.
Mil querências, sem alento,
no leito do desejar.
Esperar pela determinada hora,
de um raiozinho luminoso, chegar...
Desaparece o pensamento...
Sombras no agora, nenhuma luz a brilhar!
Sem amor a encantar!
Solidão, fiel companheira,
a me acompanhar...
Vanderli
02/02/2009
Botucatu/SP