esperas

asas de borboletas a se derramarem em mim. por sobre o que sou. dos infinitos que me faço. das entranhas e estranhas horas em que os passos chegam a porta de ser. caminhares tímidos e ávidos por completarem-se (completarem-me, o que). nesses espelhos suspensos de mim nessas estradas batidas de silêncios robustos desse silêncio todo que me calo dessas palavras ora doce amarga a cantar os dias a voar as horas em que vôo. e que caminhante. faço estradas. em asas leves de borboletas que me vestem me animam incendeiam me impelem a estes escuros dentro. dos que sou. partes e totais. dos claros que me inundam. dos que sou. também. de águas a tocarem silêncios. a banhar-me. inundar-me. de mim e do resto. até transbordar. de mim. do Eu. até. tornar-me. não um fim. mas começos. estranhos e infinitos começos.

Dani Santos
Enviado por Dani Santos em 05/02/2009
Código do texto: T1423021
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