Calma Maria; ainda tenho vida para viver
Artefatos sem o fato das artes,
a elevação do ser humano em comandar ser humano,
as cabeças teleguiadas como mísseis ao alvo,
e a cada dia menos corpos em movimento.
Já se foi a formula do acalento,
a dor do arrependimento,
a culpa e o lamento.
As possibilidades, as oportunidades,
um abraço cordial a paz celestial.
O sangue que tange a veia,
tinge a calçada, a alma que sai do corpo,
a lama que entra nas casas.
Desarme sua arma, mas arme seu alarme,
veja se o caminho está livre, para apenas caminhar,
vá e tente voltar, pois em algum lugar alguém lhe espera
nem que seja para te matar.
Um parto na enfermaria,
a reza da ave Maria,
a fúria e a calmaria
Calma Maria;
Ainda tenho vida para viver...
A todas as "Marias" pelas instintivas e resolúveis preocupações ao longo do caminho...A Maria minha mãe...