R e c u o
Aceitei teus mimos em palavras
Tornei-os vivos e cortantes como facas
Mas percebeste-me como um desatino
E recolheste-te qual um menino
Mostrei-te brincar sem medo
Não pretendi teu desassossego
“Chocas-me, como uma lança ao peito...
Porque tem que ser sempre deste jeito?”
Pois esse é meu jeito: escancarada
Sentir tudo ao cúmulo é minha lei
E nunca deixo passar. Nada!
Acaso não riste tanto comigo?
Então, por tuas broncas, amigo
Pra mim, tão sem sentido... Silenciei
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Meu silêncio, que talvez fira ou deixe dúvidas
Não é falta de interesse, nem nada
Reverte-se em uma só palavra: Mágoa!
Mas sei que o silêncio também é cura
E é pelas minhas mágoas e pelas tuas
Que recuo e dou um tempo calada
E ainda que nossos dedos toquem-se num instante
Não conseguem apagar uma lágrima escorrida pois
Depois de uma dor sentida o amor jamais será como dantes
Meu amor lírico que te ofereci em alguns belos traços
Foi mais forte do que aguentarias, sei disso moço
Teu foco não era eu mas sabes... cairias em meus braços
Enfim o tudo de mim que alegoricamente te ofertei não serviu
Preferiste o nada dela, que eu sei. Mas quem sou eu pra julgar?
Se eu entendesse de amor desviaria toda dor pois saberia a quem amar
E por favor não comenta, deixa-me aqui quietinha
Não convém provocar minha fera dormemente
Pois posso ficar indecente e inverter a ladainha rsrs