LOCUTOR DEMAGOGO
Que existia aqui em Torres
Tem gente que pede
Que diz fazer o bem
Mas do bem que recebe
Não presta contas a ninguém...
Dizendo-se bondoso,
Doações vive a implorar,
Par que o povo pague a conta
Daqueles ao qual não vê chorar.
No dia a dia
Ironia vives a fazer
E o povo com boa intenção,
Esquece o velho ditado
Que o único cego, é aquele,
Que não procura a verdade
E diz realmente não ver
Aquilo, que de fato, ele não quer saber.
Escravizas um alguém,
Talvez com promessas vãs
Ou quem sabe, alguma chantagem!
Porque eu creio, é difícil perder a vida,
Para se submeter em todas as manhãs
Quietinha, sem reclamar, às vezes chorando,
Ser obrigada, a enviar e ouvir tanta bobagem,
Que ao alvorecer é lançada ao ar.
Choras, pede e reclamas,
Que os necessitados venham ajudar
E a comunidade resposta vem dar
Mas sem saber ao certo, a quem,
Sua bondade vai alcançar.
Segues no ar brincando
A sua colega sempre a perguntar,
Quando um minuto se atraza
Se tem alguma coisa que ela omitiu
E com interesse, talvez com ciúmes,
Sem ela estar, repete a esculachar,
Se nesta noite em casa ela dormiu!
Como se estivesse pedindo perdão
A coitada vem se explicar,
Que estava com muitas dores
E por isto teve que se atrazar,
As brincadeiras continuam
Porque as dores e onde as tivestes!
Será porque em casa não dormistes
As dores foram naquele lugar?...
E ela angustiada
Com a voz quase a soluçar
Seque pedindo para alguém telefonar,
Doando algo
Para quem esta a precisar
Sem saber, ao menos, se ele vai entregar.
Confesso que ao ouvir
Uma dor no peito fico a sentir
Pois ele continua rindo e com ironia
Uma certa piedade procura transmitir,
Para aqueles que estão longe
E não sabem
Das verdades que eu sei por aqui!
E que dentro das leis
E por respeito ao povo, vou procurar,
Um dia corrigir...
FOI DEVIDAMENTE CORRIGIDO